Krishna era um menino travesso que estava sempre criando problemas e causando ansiedade à sua mãe.
Yashoda o amava profundamente e tinha dificuldade em repreendê-lo porque sabia que Krishna era mais do que uma criança levada. Ele era uma divindade sob aparência humana, e cada brincadeira ou jogo que fazia era um riso, a alegria e a diversão do universo.

A textura dura e áspera o fascinou e ele provou um pouco mais. Sabendo que a areia ia fazer mal ao estômago de Krishna, Bala voltou para casa e contou à mãe o que o irmão fizera.
Quando Yashoda chegou na praia, o rosto de Krishna tinha uma expressão de culpa. Yashoda perguntou-lhe se havia comido areia e ele sacudiu a cabeça, negando. Ela perguntou de novo e abriu a boca do filho para retirar a areia. Krishna resistiu e tentou fugir, mas não conseguiu escapar do aperto forte das mãos da mãe.
Por fim, cansado de resistir, Krishna abriu a boca. Yashoda deu um grito sufocado, afastando da criança. Esfregou os olhos em total descrença e olhou mais uma vez. As lágrimas escorreram por seu rosto ao contemplar dentro do menino a visão mais bela possível.
Yashoda viu colinas onduladas e penhascos escarpados, montanhas cobertas de neve e um arco-íris deslumbrante sobre uma cachoeira.
Viu um pôr-do-sol vermelho-alaranjado e uma lua de cristal brilhando sobre o imenso mar revolto.
Viu vastas terras e céus, rios e dunas de areia.
Viu animais de espécies muito antigas.
Viu bandos de pássaros, uma família de leões, manadas de zebras e elefantes, colônias de cobras e insetos e um lobo uivando na noite.
Viu luzes reluzentes numa noite escura sem fim, estrelas cadentes e planetas muito distantes de nossa galáxia.
Viu um grupo de crianças rindo, brincando e construindo castelos de areia.
Então, quando olhou mais de perto, viu um menino sentado na areia com a boca aberta. Era o pequeno Krishna, e ela se viu ajoelhada diante dele.
Nesse momento, Yashoda desmaiou. Tranquilamente Krishna fechou a boca e acariciou a mãe. Beijou seu rosto e a ajudou com gentileza a sentar-se e abrir os olhos. Com uma voz calma e doce, disse-lhe que não havia motivo para se preocupar. Ela vislumbrara o divino e testemunhara o infinito.
Ele era as montanhas e o céu, a água e o vento. Era um tempo imemorial – passado, presente e futuro. Era a vasta expansão da consciência e o consolo que jaz no silêncio da alma.
Depois, Krishna sorriu para a mãe, segurou sua mão e levou-a para casa.
Agradecimento especial a Pena de Pavão de Krishna:
https://www.facebook.com/pages/Pena-de-Pavão-de-Krishna
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